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Jul 13

 

A minha ausência deste blog deve-se apenas a uma fase louca que  tem passado na minha vida.

Após consultas na MAC, no Sta. Maria, após o choque de entrar num sistema público, desumano, desajustado e lotado, é difícil ter força para passar pelas várias etapas.

Exames, mais exames, e se da minha parte consigo ter a força e a vontade suficientes para seguir em frente com o batalhão de exames que nos pedem, para o homem, é mais complicado.

A cabeça deles não é formatada para as dificuldades que se têm que passar com algum sangue frio, e talvez também, a vontade deles não seja igual à nossa afinal o instinto é maternal e não paternal.

Enfim, não foi ao exame marcado, resumindo. Fiquei furiosa, quase doente, o que me fez sentir completamente bloqueada por esse assunto. Decisões, decidi ter mais calma, tentar relaxar mais, tentar dar algum romantismo a isto tudo, o que é difícil quando uma situações destas acontece. É muito duro querer uma coisa com tanta vontade e não depender apenas da nossa vontade.

Ao longo da vida os meus pais ensinaram-me que se me esforçar e for bem comportada terei resultados, se estudasse teria boas notas, se fosse bem educada seria respeitada, teria amigos, seria feliz. Essa parte até foi fácil com muitos fins-de-semana perdidos a estudar, com muitas horas na escola a trabalhar, com muitos amigos, mas e o resto? Quando nos falta aquela parte que de nós pouco ou nada depende? Quando se pensa que quando chegar a pessoa certa aquele passo será fácil e óbvio como se lida com a frustração?

A frustração, é dura e seca, revolta.

E não fossem tantas e tantas as noites que ainda acordo a pensar nisto tudo e me dá vontade de partir tudo. E ele? Ele dorme, não sente, afinal, o instinto maternal é meu não dele!

Diz que quer mas não com a minha intensidade! Até ai já tinha percebido, mas e se ajudasses um pouco hã?

Agora chegam as férias. Tempo para pensar e limpar a cabeça. Setembro será outra coisa. Agosto tenho um exame marcado, não vou faltar, setembro tem ele. Vamos ver. O futuro é incerto, as lutas nem sempre trazem glória, mas alguns caminhos têm que ser percorridos até ao fim, mesmo que por vezes nos troquem as voltas. Vamos ver.

A fé não me falta. Vou acreditando. Penso também na luta que uma amiga trava contra uma doença implacável. Tento relativizar, claro! A vida é dura! Que se dê muito valor!

publicado por resgates dificeis às 08:33

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